Nomogramas para predizer desfechos após tratamento com 177Lu-PSMA em homens com câncer de próstata metastático resistente à castração: um estudo internacional, multicêntrico e retrospectivo

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O 177Lu-PSMA é um inibidor de pequenas moléculas radiomarcadas que se liga com alta afinidade ao PSMA e distribui radiação de partículas β, sendo assim utilizado como novo tratamento direcionado para pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPmRC). Diversos estudos de fase 2 e análises retrospectivas multicêntricas robustas estabeleceram a relação entre a atividade antitumoral e o perfil de segurança favorável do 177Lu-PSMA em homens com CPmRC. 

Neste estudo multicêntrico e retrospectivo, 414 pacientes com CPmRC foram triados e 270 incluídos na análise como parte de um estudo fase 2 ou de programas compassivos em seis hospitais e instituições acadêmicas na Alemanha, EUA e Austrália. 

Os desfechos primários para os nomogramas foram sobrevida global e sobrevida livre de progressão de PSA. O desfecho secundário foi a diminuição do PSA em 50% ou mais (PSA50) em qualquer momento durante o tratamento em relação ao PSA inicial. Os nomogramas para sobrevida global, sobrevida livre de progressão de PSA e PSA50 combinaram as variáveis prognósticas clínicas tradicionais (tempo do diagnóstico, história de quimioterapia e níveis de hemoglobina), além de incorporar várias novas variáveis relevantes nesta população de pacientes, como a expressão de PSMA tumoral, número de lesões metastáticas PSMA-positivas e local da doença com base no sistema de classificação TNM de imagem molecular.

Como conclusão, o estudo apresentado neste artigo desenvolveu três nomogramas com validação externa para prever a sobrevida global, sobrevida livre de progressão de PSA e PSA50 em homens com CPmRC, recebendo tratamento com radioisótopo 177Lu-PSMA. Vale ressaltar que o uso da imagem complementar de PET-PSMA foi validado como porta de entrada para a seleção de pacientes e como um biomarcador prognóstico quantitativo. Estes nomogramas, se integrados em uma calculadora online de risco, podem auxiliar no delineamento de estudos clínicos e na tomada de decisões clínicas individuais e estes modelos podem ser testados e atualizados à medida que novos dados de ensaios clínicos se tornem disponíveis.


Este resumo foi baseado neste conteúdo https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(21)00274-6/fulltext

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